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Centro comercial Atrium Faro fechou ontem Imprimir E-mail

Público, 05.08.2009, Idálio Revez

A Câmara de Faro pretende evitar a falência do centro comercial Atrium, que fechou ontem as portas. Para travar a penhora do imóvel estima-se que serão necessários cerca de sete milhões de euros para pagar à banca e proceder a obras de adaptação a novas funcionalidades. O município, também em dificuldades financeiras, pretende "lançar um concurso público" para encontrar um parceiro para uma parceria público-privada a 20 anos.

"Queremos encontrar uma solução para a cidade, não é resolver um problema privado", justifica o presidente da câmara, José Apolinário.

Esta área comercial de 1300 metros quadrados, em dois pisos, funcionava, actualmente, só com três lojas abertas - café, quiosque e ourivesaria. A divida ao Millennium/BCP é de 4,8 milhões de euros. Os lojistas, apanhados de surpresa pela ordem de encerramento, anunciaram que vão avançar com uma providência cautelar. E para tornar mais visível o protesto admitiram vir a barricar-se no centro comercial, até terem garantias de reabertura dos estabelecimentos.

O centro comercial Atrium foi construído a partir do antigo Cinema Santo António, procurando acompanhar a tendência dos consumidores na preferência pelas grandes superfícies. Abriu há dois anos, com 30 lojas, mas os preços elevados das rendas não atraíram interessados. Os potenciais clientes também não foram seduzidos. As três salas de cinema, com capacidade para 311 espectadores, encerraram há mês e meio. De resto, toda a zona da Baixa tem vindo progressivamente a perder actividade, não apenas no domínio comercial.

José Apolinário já tinha anunciado, há dois meses, que iria tentar negociar com a banca, a entidade credora, uma solução para o Atrium, seguindo o modelo que foi aplicado no novo mercado municipal, onde foi instalada uma Loja do Cidadão. O objectivo é levar para esses espaços, que se revelaram subaproveitados, "equipamentos de carácter público". No futuro, o autarca prevê que uma parte do centro seja explorado por privados, e que o município pagará uma renda pela ocupação do espaço com as principais associações culturais do concelho.

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