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Bancos e Governo desbloqueiam Colombo's Resort Imprimir E-mail

Público, 30.06.2009, Tolentino de Nóbrega

O memorando de entendimento para desbloquear a situação do projecto Colombo's Resort, no Porto Santo, parado desde Janeiro por dificuldades financeiras do promotor, será assinado quinta-feira no Ministério da Economia.

O protocolo, ao qual o executivo da Madeira deu ontem parecer favorável, envolve, além dos governos da República e da região autónoma, a Câmara do Porto Santo, os bancos financiadores Banif e BCP, a construtora Casais, cada uma destas três últimas entidades com 30 milhões de euros investidos no projecto. Todos se comprometem a estudar a viabilidade económica do investimento e a avaliação do imóvel construído, com vista à sua conclusão até ao Verão de 2010.

Para o recomeço das obras daquele que é o maior investimento privado em curso no Porto Santo contribuiu o financiamento das três entidades públicas: dez milhões de euros do Governo da República, cinco milhões da câmara local (em isenções de taxas municipais) e um milhão do governo regional. O executivo madeirense esteve relutante em conceder tal apoio, tendo condicionado a sua disponibilidade à concessão pelo Executivo de Sócrates de novo empréstimo (150 milhões) do Programa Pagar a Tempo e Horas, porque os 256 milhões recebidos em 2008 foram insuficientes para cobrir os 340 milhões de encargos assumidos e não pagos.

Do arquitecto catalão Ricardo Bofill, o Colombo's Resort abrange uma área 140.000 m2, junto ao areal, com uma frente-mar de 500 metros. Integra um hotel de luxo, um residence-hotel com um centro de congressos para 800 pessoas, cinco núcleos de apartamentos turísticos com 193 unidades, 12 moradias turísticas, uma área central de animação com piscinas, restaurantes, lojas, bares, spa, zona de lazer e um casino.

O projecto turístico de luxo é iniciativa da SIRAM, liderada pelo empresário madeirense e ex-deputado do PSD Sílvio Santos. Tem um incentivo de nove milhões de euros do Programa PITER, dependente da avaliação prevista no protocolo. A falta de capitais próprios para concluir o projecto e o desinteresse de novos investidores motivaram a paragem da obra. A solução passa pela entrada do Banif e BCP no capital da empresa.

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