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Aeroporto em Alcochete não influencia imobiliário Imprimir E-mail

09.11.10, Público

O cepticismo ainda existente em relação à mudança da localização do novo aeroporto de Lisboa da Ota para o Campo de Tiro de Alcochete e as indefinições em relação à revisão dos planos directores municipais (PDM) da zona têm resultado na inexistência de impactos daquela decisão no sector do imobiliário. O novo Governo reafirmou a aposta nos grandes investimentos, como o novo Aeroporto, mas em Alcochete, Montijo e Benavente, os concelhos mais próximos, o sector do imobiliário não sente impactos da decisão.

Segundo as empresas dos três concelhos, contactadas pela Lusa, desde o anúncio oficial de que o aeroporto seria no Campo de Tiro, e mesmo com o novo Governo a reafirmar as suas intenções, a procura não aumentou. Os empresários contactados consideram também que é essencial a conclusão dos processos de revisão dos PDM, de modo a que se perceba quais as áreas que serão urbanas e para onde se poderá crescer, lembrando também as medidas restritivas que estão em vigor.

"A procura está como antes do anúncio, não aumentou. Penso que só quando começarem os trabalhos é que pode ter mais impacto, ainda existem muitas dúvidas das pessoas", afirmou Maria José, responsável pela Imobiliária Carmo. Isabel Silva, da imobiliária Habicast, partilha a mesma opinião, explicando que as pessoas ainda têm bem presente o que se passou na Ota. "Noto um ligeiro aumento da procura desde as eleições, mas as pessoas estão na expectativa", explicou.

Carlos Borges, da imobiliária CJSB, refere que as coisas estão "paradas", apesar de referir que existem algumas "movimentações e contactos exploratórios". Quanto a Paula Gonçalves, que opera em Alcochete e Montijo, refere que no primeiro mês, após a decisão do Governo, notou algum aumento na procura, mas que desde essa altura não houve qualquer impacto no sector.

A conclusão da revisão dos PDM é vista por todos como um aspecto também essencial, pois é necessário que fique definido quais serão as áreas onde no futuro poderão nascer novas urbanizações. "Todos os PDM têm que ser mexidos, mas o caso pior é, na minha opinião, em Alcochete, pois não existe espaço para crescerem novas urbanizações", disse Maria José.

"Sem a revisão dos PDM mantém-se esta estagnação, essencialmente em Alcochete", acrescentou Isabel Silva. Carlos Borges, que actua essencialmente em Benavente, afirmou que a revisão do PDM em Benavente poderá estar concluída em breve, o que vai permitir "perceber o que vai acontecer e para onde se pode crescer".

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