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Gaia quer requalificar margem do Douro Imprimir E-mail

Público, 23.04.2008, Jorge Marmelo

Gaia já tem um objectivo mobilizador para os próximos dez anos: requalificar a zona ribeirinha do Douro entre a Ponte Luís I e o limite nascente do concelho, em Lever, valorizando a paisagem das encostas, dinamizando a economia local, promovendo a actividade turística, melhorando as acessibilidades e apostando no mercado residencial de luxo.

O contrato para a elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento das Encostas do Douro (PEDED) foi ontem adjudicado e deverá ficar pronto dentro de cinco meses, de modo a ser possível candidatar algumas das intervenções aos fundos europeus do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). "É um plano de longo fôlego, para a próxima década, integrado numa estratégia global da autarquia para as encostas do Douro", explicou o vice-presidente da câmara, Marco António Costa, durante a conferência de imprensa que assinalou a assinatura do contrato de adjudicação.

"Queremos criar condições para o desenvolvimento urbano de grandes unidades territoriais, harmonizando a preservação ambiental com urbanizações de baixa densidade e espaços dedicados ao turismo e ao lazer", revelou o autarca, que expressou a intenção de que esta nova aposta trace "um caminho de excelência e qualidade" e seja "um exemplo de ambição" "Gostaríamos que [o exemplo] fosse acompanhado pelo Governo e por outros concelhos da Área Metropolitana do Porto." "Não faz sentido considerar que o Douro é um destino turístico fundamental e não ter as entradas da região tratadas", disse Marco António Costa.

Segundo Fernando Perpétua, presidente da Gaiurb, a empresa municipal de urbanismo, o projecto que agora é lançado pretende "tirar partido do elemento natural que é o Douro", valorizando e potenciando uma área de 1800 hectares e 18 quilómetros de extensão que actualmente sofre de várias disfuncionalidades ambientais, sociais e económicas. O estudo que agora vai ser efectuado fará, por isso, um diagnóstico dos problemas, definindo, do mesmo passo, as intervenções e equipamentos a executar.

Uma das apostas deverá passar pela dinamização de um conjunto de quintas existentes nas encostas, as quais, tendo uma área contínua significativa, permitirão fixar um conjunto de actividades ligadas ao turismo, como campos de golfe e pólos de actividades náuticas, combinando-as com a função residencial e a preservação ambiental. Entre os objectivos do PEDED contam-se ainda a prevenção da erosão e do risco de inundação e o ordenamento florestal das encostas, cujas matas deverão ser repovoadas com espécies arbóreas autóctones.

Durante a cerimónia de ontem, o presidente da autarquia, Luís Filipe Menezes, salientou que o investimento que tem vindo a ser feito no âmbito de projectos como o Polis, o Master Plano do centro histórico, a reconversão das marginais de rio e mar e o PEDED agora lançado vão tornar evidentes, nos próximos três anos, os resultados de um "paradigma de desenvolvimento que faz o contraponto com aquilo que acontece na região e no país". "Esta é uma evidência imparável", garantiu.

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