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Áreas devolutas do Mosteiro de Alcobaça em debate Imprimir E-mail

in Público, 25.04.2009, Amadeu Leal

A decisão sobre a forma como se processará a ocupação das áreas devolutas do Mosteiro de Alcobaça vai ser objecto de uma discussão alargada num encontro temático a decorrer em Alcobaça no início de Maio e que juntará especialistas oriundos de outros países europeus que se cruzaram com idêntica problemática. A ideia foi reafirmada em Alcobaça, pela secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes, que ali se des-
locou para ser entronizada como membro da Ordem do Champanhe.

A governante acentuou a importância desse debate como instrumento de trabalho que irá ajudar a definir a melhor opção. Importante é, em seu entender, que não se demore muito, dada a necessidade de intervenção nos espaços em referência. Todavia, a propósito das opções, deixou vincada a necessidade de escolher a melhor: "Deverá ser orientada por critérios bem definidos, com rigor e tendo em vista a qualidade".

A desocupação de duas alas do convento de um lar da terceira idade e a afectação desses espaços ao Mosteiro de Alcobaça integrando-os no programa de reabilitação dos conjuntos monásticos em 2002, tem provocado ondas de debate sobre possíveis ideias quanto à sua utilização e ocupação. Uma primeira ideia foi fazer o seu aproveitamento espacial para instalar o Museu de Alcobaça, ligado às actividades e obras de arte do mosteiro, um centro de investigação e outras actividades ligadas à cultura como um centro de estudos medievais, um pólo da Universidade de Coimbra, uma área ligada ao artesanato local, recuperando as profissões que foram praticadas no mosteiro ao longo dos seus 800 anos.

São, sobretudo, apostas ligadas à educação, cultura e investigação. Paralelamente, outra ideia foi ganhando adeptos: em 2006 surgiu com muita força a instalação de uma unidade hoteleira de luxo, um hotel de charme, com um auditório e outros equipamentos de suporte. Porém, nos tempos mais recentes, o presidente da câmara tem defendido a sua ocupação pelos serviços camarários, juntando no mesmo espaço todos os departamentos do município.

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