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Arco Ribeirinho Sul requalificado daqui a 18 anos Imprimir E-mail

Público, 01.08.2009, Diogo Cavaleiro

Um volume de investimento de 520 milhões de euros vai ser usado para a recuperação de três grandes áreas da margem sul do rio Tejo, naquela que é uma tentativa de criação de uma área metropolitana forte e competitiva. O plano prevê a relocalização de algumas indústrias pesadas e o nascimento de áreas habitacionais complementadas com comércio e serviços em larga escala nas zonas da Margueira (Almada), da Quimiparque (Barreiro) e da Siderurgia Nacional (Seixal). A apresentação aconteceu ontem, e contou com a presença do primeiro-ministro, José Sócrates.

Demorará 18 anos até que o projecto esteja totalmente concluído e se atinjam os objectivos de 17 mil residentes e de mais de 55 mil postos de trabalho directos nos três terrenos. Com 536 hectares (ha) na Siderurgia Nacional, 290 ha na Quimiparque e ainda 55 ha na Margeira, a área equivale a cerca de três Parques das Nações, uma comparação feita tanto por José Sócrates como pelo ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, ao referirem o sucesso que consideram ter existido na recuperação da Expo-98 e que esperam ser proporcional nesta região.

Feitos os trabalhos de diagnóstico e de programação das intervenções, com o apoio técnico da Parque Expo, a próxima fase passa pela execução, para que se alicercem as "novas âncoras de desenvolvimento, tendo em conta os grades investimentos programados para a península de Setúbal", como afirmou o coordenador do Grupo de Trabalho Interministerial do Projecto do Arco Ribeirinho Sul, António Fonseca Ferreira.


Preservar valor natural
Com a criação do novo aeroporto em Alcochete, da plataforma logística no Poceirão e da terceira travessia entre Chelas e o Barreiro, a requalificação da área entre Alcochete e Almada foi vista como uma oportunidade para aí instalar uma zona urbana de forma a responder à pressão que se pensa vir a sentir. Quem o disse foi Nunes Correia. "Em vez de essa construção ter lugar em zonas de grande valor natural (...), a ideia é trazer essa construção para dentro destas áreas industriais abandonadas e qualificá-las", declarou o ministro aos jornalistas no fim da cerimónia de apresentação do projecto.


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